segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Um Conto de Natal, Charles Dickens - Desafio Literário

Quem não queria uma segunda chance?
Scrooge é um senhor rico que ninguém gosta.  Trabalha em uma empresa que fundou com seu antigo sócio Marley, que morreu sete anos atrás,  numa noite de Natal. No atual momento só consegue piorar seu humor,  pois odeia o natal e está incomodado por seu funcionário Cratchit querer folga no feriado para celebrar com q mulher e seus quatro filhos,  um deles, o caçula, com paralisia.

Durante a noite, recebe a inesperada visita do fantasma de Marley, acorrentado e atormentado devido à vida de avareza que levou. O fantasma alerta que Scrooge terá o mesmo fim, mas que ainda pode escapar.  Avisa ainda que Scrooge receberá a visita de três outros fantasmas: o natal do passado, o natal do presente e o natal do futuro.
O Natal do Passado leva Scrooge à sua infância. Mostra a ele uma época em que o natal ainda era agradável para Scrooge. Porém,  relembra a difícil relação com seu pai. O fantasma ainda mostra a Scrooge sua irmã amorosa, que morreu e sua antiga noiva, que o deixou quando viu que ele passou a valorizar mais o dinheiro que qualquer outra coisa. Angustiado, Scrooge afasta o fantasma.

Em seguida,  o Natal do Presente visita Scrooge, e o leva para diversas comemorações. Visitam a ex noiva, com sua família,  o sobrinho de Scrooge,  que embora sempre por ele repelido, sempre tenta que o tio o visite no jantar de Natal. Percebe que é motivo de chacota pelos que estão presentes no jantar do sobrinho,  devido ao seu mau humor e avareza. Também presenciam o natal do funcionário Cratchit onde vê o mal que causa à família,  que tem poucos recursos para cuidar apropriadamente do caçula paralisado, o que causa tristeza à mulher de Cratchit.

O Natal do futuro é alto, sombrio, não mostra o rosto ou fala. Apenas aponta acontecimentos: a morte do caçula de Cratchit e a própria morte de Scrooge,  sozinho, solitário e sendo surrupiado por pessoas que passam por sua casa levando bens do morto. Ninguém, na realidade, se importa.

Abalado, Scrooge acorda, e percebe que somente uma noite se passou, e que ainda é dia de Natal.  Aliviado, resolve mudar sua vida,  para que aquele futuro não seja o seu. Estreita relacionamentos,  aproxima-se do sobrinho e passa a reconhecer a importância de Cratchit, passando a ser considerado pelas pessoas como um homem bom, generoso e que amava o natal mais que qualquer outra pessoa.

Bonitinho,  livro fininho, rápido de ler, e bem no espírito natalino!!

Assim, cumpri o Desafio Literário de 2013! Achei muito legal e foi estimulante, fez com que eu lesse uma série de livros que talvez não tivesse contato se não fosse o objetivo.  Amei. Pena que não vai ter desafio em 2014... mas acho que vou montar alguma coisa nesse estilo para o ano que vem. Bom ler as resenhas dos demais participantes,  responder os comentários,  etc. Saldo totalmente positivo! !

Feliz Natal e feliz 2014!! Beijo para vocês.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Feliz Ano Novo - Rubem Fonseca - Desafio Literário



Acho que no mês de novembro vou conseguir completar dois livros para o Desafio. Ainda tenho que arranjar tempo para terminar um deles, e também de escrever sobre um outro (fora do DL). A questão é tempo, sempre o tempo! Para ler sempre arranjo um pouquinho, nem que seja aqueles cinco minutinhos antes de cair de sono, cansada depois do trabalho. O problema é a disposição (TEMPO!!!) para passar tudo que foi pensado para o blog. :)

Dito isso, vamos lá!!

O Desafio Literário do mês de novembro era sobre livros proibidos. Comecei a ler dois (sou dessas, que lê mais de um livro por mês, e você?), mas ‘Feliz Ano Novo’ é mais fininho e acabou primeiro. Segundo notícias (leia mais aqui), o livro chegou a ser lançado e, após 30 mil exemplares vendidos, iriam lançar a quarta edição, mas o Ministro da Justiça da Época (Governo Geisel) o proibiu, alegando que o livro atentava contra a moral e os bons costumes. O livro só foi liberado no Brasil em 85, e reeditado somente quatro anos depois, sendo que, para tanto, Rubem Fonseca precisou recorrer à Justiça Brasileira.

Trata-se, para quem não sabe, de um livro de contos. ‘Feliz Ano Novo’ não somente é o nome do livro, como do conto que o inaugura. Para mim, também é o melhor conto.
Infelizmente, não há como ser mais atual. O autor consegue retratar muito bem a violência e a questão da desigualdade social. No conto, um grupo de ladrões se prepara, em plena véspera de ano novo, para praticar assaltos. Escolhem uma casa de gente rica, que estava festejando. A violência vai aumentando, aumentando, até que os criminosos voltam para suas casas e comemoram: Feliz ano novo!

Como qualquer livro de contos, alguns são melhores que outros. Destaco, além desse aí de cima, obviamente: “Corações Solitários”, “Passeio Noturno Parte I”, “ Dia dos Namorados”, “O outro”, “O Pedido” e os bizarros “Nau Catrineta” e “O Campeonato”. Não vou sair contando o resumo de cada um para não perder a graça e, aviso: cuidado com muita análise, resenha e resumo do livro pela internet. Grande parte deles acaba contando o livro todinho! Gente, qual a graça de ler esses contos já sabendo exatamente o começo-meio-fim de tudo?!?

Rubem Fonseca é conhecido por conseguir retratar as questões sobre violência, assassinatos, prostituição em suas obras. Talvez fruto da experiência dele como delegado. Alguns de seus livros foram adaptados para a televisão (a minissérie Agosto e Mandrake são baseadas em suas obras)
Enfim, livro muito bem recomendado, e brazuca. Vamos dar valor à literatura nacional também!!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Feia: A História Real de Uma Infância sem Amor - Constance Briscoe (Desafio Literário)




Bem, vou começar pelo fim, e não se trata de nenhum spoiler, já que a volta por cima da autora está em todos os sites, resumos, até na aba lateral do livro, portanto, sem estresse. :P

Sem dúvida uma história de superação. Constance deu a volta por cima em grande estilo. Meu único problema com o livro é que, diferente de alguém que se supera após uma doença, ou após um acidente ou a morte de alguém, Constance precisou superar a maldade de uma pessoa. Que era, simplesmente, sua mãe. Então, claro, fico felicíssima pela autora, achei uma lição de vida a história toda. Mas, ao mesmo tempo, muito triste, mesmo assim, pois como pode uma mãe ser tão ruim? Mas, agora que o desabafo acabou, vamos arrumar a resenha:

Constance era chamada de Clare no começo de sua vida. Isso aliás, quase lhe dá um problemão no final do livro (não vou contar, isso sim seria spoiler). Sua mãe teve muitos filhos, entre naturais e uma adotada, de dois relacionamentos. Clare/Constance é filha do primeiro deles.

Mas, Carmem (a criatura-mãe) não parece nutrir um grande amor pelos filhos. Muito menos por Clare/Constance, por quem, aliás, parece nutrir ódio. A autora conta que, aos onze anos (!) procurou sozinha o Serviço Social, buscando sair de casa e se livrar do jugo da mãe. Ela ainda desenvolveu caroços nos seios por causa dos frequentes beliscões que a mãe lhe dava, como forma de castigo. Perdeu cabelos, ficou trancada sozinha em porões, foi surrada, humilhada, desenvolveu enurese (falta de controle na bexiga, ela fazia ‘xixi’ na cama mesmo com o avançar da idade), e até tentou se matar, ainda criança. Bebeu alvejante, pois disse que leu na embalagem que aquilo servia para matar germes (e a mãe dizia que ela era como um).

Não acho que a maternidade seja algo inato e me irrita profundamente aqueles que acreditam que uma mulher só se completa sendo mãe, ou aquelas coisas machistas que a gente ouve quando diz que não pensa em ter filhos: “ah, mas você vai querer daqui a pouco”, “quando você olhar para a cara do seu, vai apaixonar” ou o pior de todos: “quem vai cuidar de você quando ficar velha??” Portanto, sem essa de achar que a mãe era obrigada a ser aquele modelo de família de comercial de margarina. Acontece que Carmem era uma coisa a mais. Não é questão de ter ou não esse tal de ‘instinto maternal’. É a questão de ser uma pessoa muito ruim. Um ser humano horrível e, ao que parece, mais terrível ainda com Clare. Ela simplesmente não tinha que ter tentado ter filhos, ela nunca foi mãe, não achei que sequer ela fez um esforço, na verdade, era tão ruim, achando aquilo tão normal, que não me parece que chegou a se questionar um dia sobre qual seria o papel de uma mãe para as crianças, diferentemente do que ocorre no livro “Precisamos falar sobre Kevin”, sobre o qual já falei aqui.

A linguagem do livro não é muito rebuscada. Talvez porque Constance não seja uma escritora, também porque o livro conta a infância dela, a linguagem acompanha a idade. E, assinalando outro item, o sadismo de Carmem é repetitivo. Todos os dias é a mesma tortura, alguns, em especial, ela era pior. Então, achei agonizante ler o livro, quem gosta de ler uma tortura que não tem fim?

E, para finalizar, apesar de Constance ter dado uma senhora volta por cima, se tornando juíza, bem sucedida, claro que ficaram uma série de questões pendentes. Primeiramente, ela se submeteu a uma série de cirurgias plásticas quando adulta. Bem, quem sou eu pra dizer que sou contra, sou total a favor (já até fiz), mas em entrevistas, ela mesmo disse que acha que pode ter sido uma influência da mãe, uma tentativa de deixar de ser “feia” (olha, não estou julgando ela ter feito, fico triste de ver até onde a mãe dela chegou a atingí-la). Além do mais, no cumulo da minha revolta, ainda fico sabendo que Carmem a processou por ter contado essa história. Alegou ser mentira e, apesar de tudo que já fez, processou a filha  por difamação (também não é spoiler do livro, sosseguem, isso a gente lê na internet). Em mais um desabafo (o último, prometo), posso dizer que: bem feito para Carmem. Perdeu a causa. O júri reconheceu que a autobiografia de Constance era verdadeira, pois ficou evidenciado as cicatrizes, houveram relatos médicos e testemunhais.



Portanto, não é um livro bom de ler, no sentido de ser agradável. É muito triste saber que alguém passou por isso, e não é nem um pouco fácil ler o que Carmem fez com a filha. Mas muito bom exemplo de superação, de saber que, apesar dos maus tratos, é possível ser forte e superar os obstáculos da vida com louvor.

Feia, Dona Carmem???? Onde?!?!?!?
Ah, em observação: Já li, já fiz resenha, mas sugiro muito, dentro do mesmo tema, o livro "Vida Roubada", de Jaycee Dugard , minha resenha, aqui

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Fazes-me falta, Inês Pedrosa - Desafio Literário

Autor português contemporâneo é o tema do mês do Desafio Literário. Quis fazer algo não óbvio e fugir do Saramago. E quem me conhece sabe que amo Saramago. Minha primeira resenha aqui no blog foi dele. Os livros mais famosos já li, poderia facilmente aproveitar e ler mais um mas, quis diversificar.

E descobri que estou mal de autor português contemporâneo. Tive que pesquisar na internet e nas sugestões do site do Desafio, pois sozinha não saberia dizer um outro nome além do Saramago, que é ótimo, mas batidíssimo. Gente, que horror. Tapa com luva de aço na minha cara. Um chute bem dado de muay thay. Como assim??? Que vergonha!

Passado o choque com a constatação oficial da minha falta de cultura, acabei decidindo por 'Fazes-me Falta', da autora Inês Pedrosa. E não poderia ter acertado mais. O livro definitivamente entrou para minha lista top top.

Gente, tão lindo... tanto que às vezes você jura que está lendo um livro de poesia, mas não. É um romance mesmo. E se você é daqueles/as que ama sublinhar trechos de livro, minha recomendação é que compre um marca texto novo. Vai querer marcar tudo!

E triste. Conta-nos a história de um casal (irmãos? amigos? amantes? Só vamos descobrindo com o desenrolar da história) que não estão mais juntos, se afastaram com o tempo. A mulher, embora mais nova que o homem, acaba morrendo, o que gera a "reunião" de ambos. O livro é parte "escrito" pela mulher, já morta, em espírito, e parte pelo homem. Ela inicia um assunto, relembra passagem da vida a dois, conta algumas mágoas, alguns segredos. E ele continua o assunto, como se pudesse "sentir" o tema por ela iniciado. Ela, uma idealista, religiosa, que luta pelo que acredita, mesmo que se perca no processo. Ele, ateu, descrente depois de tudo que já passou na vida, cético e questionador, lógico. Agora se sentindo um viúvo, tamanha a falta que descobriu que a mulher lhe faz, e angustiado por só ter percebido o fato após a morte dela. A mulher, por sua vez, sente tamanha falta do homem que uma vez fez parte de sua vida que não consegue se desligar.

Qual o motivo da morte dela? Qual a razão do afastamento dos dois, e da origem de seus relacionamentos? Embora esses fatos acabem se desenrolando um pouco, matando a curiosidade do leitor, no fim, isso é o que menos importa. Você acaba arrasado (no bom sentido) pelos questionamentos mais profundos que surgem das "conversas" entre os dois, e a história física passa a ser completamente secundária. Os/as mais sensíveis podem chorar. Em mim acontecia aquilo de ler um trecho do livro, parar, apertar o papel contra o peito e suspirar. Pensar um pouco no que tinha sido escrito. Aí então me recuperar e partir para próxima.

Não há muito mais o que se contar, senão acabo entregando os mistérios que levantei acima. E os questionamentos mais "filosóficos" por assim dizer, não caberiam numa resenha. Como disse, é leitura para fazer até se chegar no ponto sensível, suspirar e pensar. Somente então prosseguir. E no fim, apesar da tristeza enorme que se sente, achar que as coisas podem ser ainda sim, muito belas.


"Há quanto tempo não me arde o coração?"

"Dei-me a tudo o que tu amavas e fiz de conta que era inocente, ou, pelo menos, perversa, para não te perder. Dei-me depois ao ressentimento de não te ter, à maledicência de ti, por não saber ser-te indiferente. Dou-te agora também a minha morte."

"Amei-te mal. Não fui tudo o que sonhavas de mim. Se ao menos tivesses levado o meu mau amor contigo. Mas insistes em ficar comigo, em atacar-me com os dentes cerrados da loucura. O teu silêncio esmaga-me."

"Ainda terei tempo para te esquecer? O teu riso é, sequer, esquecível?"

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Butterfly - Kathryn Harvey - Desafio Literário 2013 (Vingança)



No mês de agosto, no Desafio Literário, o tema é vingança. E estava no aeroporto esperando uma conexão que seria meio longa, ia ficar um tempinho chato nesse lugarzinho... chato. Então, fiz aquela coisa normal, a passadinha estratégica na livraria local. Um livro estava em destaque, afinal, a temática erótica está em voga. 

Olhei pra ele e pensei que seria divertido ler o livro no aeroporto/avião enquanto chocava e deixava com curiosidade quem estava ao meu lado (reparei que isso acontecia com a trilogia dos 50 Tons, aí fazia de propósito, queria mais era ler ‘ao ar livre’).

Mas olha, achava que ia ser um livro de pegada exclusivamente erótica, mas o tema principal não é esse, é VINGANÇA! Opa, o livro anteriormente escolhido vai ficar pra depois, falo sobre ele num segundo post, se agosto me deixar com mais tempo (julho foi tenso). Então, unindo o útil (desafio) ao agradável (livro inesperado), vamos ao que interessa:

Butterfly é uma lugar misterioso localizado acima de uma loja de roupas caras masculinas, na Rodeo Drive. O que poucos sabem é que se trata de um local onde mulheres vão, somente se convidadas por outra “associada” e previamente autorizadas, para realizar suas fantasias sexuais. Em Butterfly tudo pode ser arranjado: o homem idealizado, cenários, comida, bebida... 

Ao mesmo tempo, uma das mulheres mais ricas dos Estados Unidos está promovendo um pastor, dando festas e criando eventos, declarando apoio para a candidatura do líder religioso à Presidência do país. 

Em momentos de flashback, uma menina maltratada pela vida sai à procura de suas raízes, querendo saber onde está sua irmã. Quando todos esses mundos colidirem, qual será o resultado?

Como a história, já disse, não é basicamente erótica, julgando o livro por sua capa, mas sim de vingança, não creio que possa contar mais sobre o livro sem que corra o sério risco de estragar a surpresa para quem quiser ler. O que posso contar, basicamente, acho que já disse acima. E, para quem quiser a parte erótica, fique tranquilo. Também está lá, afinal, as relações entre os personagens vão se entrelaçando, e as frequentadoras da sociedade também tem seus encontros secretos revelados para os leitores assim que pisam no Butterfly.

Para os mais tímidos, já alerto que ao mesmo tempo, não é nada muito chocante, achei menos pesado que 50 Tons (mas achei que 50 Tons somente parecia pesado, e no fim não era nada demais – então, se achou 50 chocante, pese minha opinião).

A escritora fez uma pesquisa interessante sobre os EUA na época de Kennedy, então, quanto ao tema, e quanto à proposta de escrita, achei mais bem feito que 50 Tons. E se você acha que esse livro é um daqueles milhões que surgiram imitando a trilogia cinza, sugiro que pense novamente. Butterfly foi estrito em 1988 (!). Portanto, é mais ‘original’ e menos cópia do que se pode julgar. A republicação do livro (e dos demais, descobri há pouco que é uma trilogia também) é que foi esperta, visando abocanhar aqueles leitores entusiasmados com abertura da febre do ‘soft porn’.

Quanto à mim, bem, como disse, não gostei nada dos 150 tons (Trilogia 50 Tons). Não consigo achar aqueles livros bons e nem extremamente chocantes, como muitos quiseram afirmar. Aliás, achei até puritano! (a autora quer falar de sadismo, submissão, bondage, mas não consegue escrever vagina, pênis... acaba escrevendo: ele desceu até ‘lá’ , eu coloquei a boca ‘nele’– OOOi?? ‘Lá’?!?!?!? ‘Nele’??!!??. Decida-se, ou é ousada ou é recatada)!!

Butterfly também não é um livro da categoria excelente (alguém tem um livro dessa temática que considere realmente bom?), mas bem melhor que o da modinha. Percebe-se uma certa pesquisa histórica, há o recurso dos flashbacks, há mais mistério, e vingança sempre dá um temperinho bom não é??  

PS: Kathryn Harvey é na verdade o pseudônimo utilizado por  Barbara Wood. Os demais livros da trilogia são: Stars (2) e Private Entrance (3).