Quase que nesse mês não rolou o desafio extra do
mês – o de autor de um país não muito conhecido e, se der, a receitinha. Aos
quarenta e cinco minutos do segundo tempo estou publicando a última resenha!
A bem sucedida advogada (da área comercial),
Karen Borg, numa caminhada com seu cachorro, encontra um corpo totalmente
desfigurado. Qual sua surpresa em saber, depois, que seu ex-colega de faculdade
Håkon Sand está investigando o caso, e que o suspeito do crime, que foi encontrado
desorientado e totalmente coberto de sangue nas ruas quer que ela seja sua
advogada.
Pouco depois, o advogado criminal mais bem
sucedido da Noruega, Peter Strup, demonstra interesse na causa, e outro
advogado, Hans Olsen aparece também assassinado. A investigadora Hanne
Wihelmsen chama a atenção de Sand, pois acredita que todos os casos estão
interligados. Juntos, vão tentar desvendar os casos, mesmo com poucas provas e
recursos, suspeita de uma grande jogada envolvendo tráfico de drogas, corrupção
no governo, envolvimento de advogados e mensagens em códigos.
Como todo livro policial, não vou me atrever a ir
além disso, caso contrário posso extrapolar e receber alguns xingamentos (com
razão).
Achei o livro bem escrito, bem costurado, mas
senti que faltou alguma coisa, aquela vontade louca de não parar de ler para
descobrir o final. Sim, eu tinha a vontade, mas ela não era sensacional,
entende? Não amei de paixão nenhum dos personagens, ou detestei outros. A que
mais me agradou foi Hanne, que aí sim, despertou minha curiosidade. Cheia de
segredos, reservada e com humor irônico é, sem dúvida, minha predileta.
Aí a minha surpresa, ao ler mais sobre a autora,
que o Deusa Cega é o primeiro livro (de oito, salvo engano), sobre a
investigadora. E que, no Brasil, além desse, temos o 1222, que é o último (!!).
Minha recomendação, fujam de qualquer notícia sobre o livro 1222, pois já irão
saber muito do que aconteceu na vida de Hanne (não gostei de ficar sabendo como
ela está, uma droga). Resta saber quando o Brasil vai trazer os demais livros
da série, pois meu consolo, agora, é saber a trajetória da investigadora.
Como proposto, termino a resenha com uma
receitinha. Para variar, muito fácil, tranquila, e um bolinho de maçã bem
gostoso. Se quiser deixar simples, basta servir com café/chá. Se colocar com
sorvete do lado e arrumar bem a fatia no prato, impressione seu par :)
Eplekake (ou: bolo de maçã norueguês)
Ingredientes:
2 ou 3 maçãs (prefira as mais ácidas – granny Smith ou pink lady, por
exemplo)
1 ovo
180 gr de açúcar
180 gr de farinha
180 gr de manteiga com sal (já mole – em temperatura ambiente)
1 c. café de fermento em pó
Canela em pó
Uma pitada de sal
Modo de preparo:
Cortar a maçã em fatias finas (quanto mais finas, mais difícil será para
que elas afundem no bolo. Colocar em uma tigela com água e suco de limão, para
que elas não escureçam). Eu não descasquei e acho desnecessário, nessa receita.
Na batedeira, misture o açúcar e a manteiga, até ficar bem claro e
fofinho, adicionar os ovos, um a um. Depois, desligar a batedeira e acrescentar
a farinha, peneirada, o sal e o fermento em pó.
Colocar em forma tipo tarte (redonda – mas vi fotos com forma retangular
mesmo), untada e enfarinhada. Por cima, colocar as fatias de maçã (se tiver dom
e/ou paciência, dá para fazer aquele desenho bonitinho, bem organizado).
Polvilhar açúcar e canela por cima (usei o mascavo), e assar em forno pré
aquecido, 200º, mais ou menos 20 minutos.