Já que eu comecei a falar de chick lit, citei a Marian Keyes
e o seu Melancia, já que o desafio literário em fevereiro é sobre livros que
nos façam rir, já que o ritmo da vida ainda está meio devagar (pra mim), já
que, já que..........
Voltaremos a mais um livro das irmãs Walsh!
Para quem não sabe, são cinco doidinhas: Claire (Melancia), Maggie
(Los Angeles),Rachel (Férias), Helen (não tem livro ainda) e Anna (Tem Alguém
Aí?), cada uma parecendo mais maluquete que a outra. Quero muito o livro da
mala da Helen, e Los Angeles (Maggie) ainda não animei. De tanto as irmãs
falarem que ela é chata, peguei birra (e sei que, provavelmente, vou me
arrepender quando ler). De resto, já está tudo lido!
Mas, indo direto ao que interessa: Rachel Walsh mora em Nova
Iorque junto com uma amiga. Vive a vida loucamente, indo a todas as festas que
consegue, curtindo bares, noitadas, drogas (mas ela jura que são recreativas,
todo mundo usa, e ela para quando quiser) e muuuuuito álcool. Se envolve com um
carinha, e ela morre de atração por ele, mas não assume nem para si mesma, já
que, segundo ela, ele parece breguinha e estacionado em algum lugar do passado,
junto com aqueles cantores de rock cabeludos e de calça de couro.
Ela acha que está tudo sobre controle, embora as pessoas
comecem a dar sinal de que estão se cansando dela, até que ela surta e tem um
pequeno “acidente” (segundo ela, claro): sofre uma overdose.
Os pais a tiram de NY e avisam que ela irá ser internada,
vai para a reabilitação. No começo ela surta mas, ao descobrir qual clínica é,
fica animadinha. Segundo ela sabe, é a clínica super famosa onde os super famosos
se internam. E se ela esbarra com alguém lá? Achando que tudo são férias, ela
vai contente para a rehab.
Obviamente o castelo de conto de fadas que ela armou na
cabeça não é bem o que parece e ela será obrigada a encarar os outros internos
e, principalmente, a si própria.
Embora o tema (dependência química) seja, de fato, pesado,
quem já leu Marian Keyes (que segundo conta, já enfrentou o alcoolismo), sabe
que, mesmo nas partes tensas, sempre tem aquela frase que nos faz rir – e muito.
Ela trata o assunto de forma leve. E Rachel no começo é totalmente lesada,
alienada, o que nos rende boas risadas. Mesmo quando já está caindo na real,
ela ainda tem tiradas geniais (traço, aliás, existente em todas as irmãs Walsh
que li, em menor escala para Anna), o que faz com que você perceba que está
vendo uma coisa muito séria, que talvez tenha acontecido com alguém que conhece
(ou você mesma), mas está lá, rindo.
Só não gosto muito dos preços dos livros da Keyes... alguém
me explica porque eles nunca ficam baratos??