Lydia,
uma jovem prostituta, é encontrada num apartamento gravemente ferida. Ela foi
brutalmente espancada, tem um braço quebrado, machucados no rosto, hemorragia
interna e as costas retalhadas, provavelmente porque foi chicoteada inúmeras
vezes.
Os
policiais Ewert Grens e Sven Sundkvist estão
indo ao mesmo hospital onde Lydia está, mas para interrogar um traficante de
drogas que teve uma overdose. Para Grens é
a chance de obter respostas que poderão colocar Lang novamente na cadeia. Tempos
atrás, sua companheira policial sofreu um acidente ao tentar prender Lang e
acabou com seqüelas físicas e mentais irremediáveis. Mas um evento improvável
irá ligar a todos, e com conseqüências inimagináveis.
Box
21, confesso, me pegou pela capa. Estava lacrado, envolto numa faixa preta que
avisava que o conteúdo era violento e que o romance havia chocado a Europa. De
fato, o conteúdo é sim pesado. Trata de ameaças a testemunhas, dramas antigos,
policiais corruptos, dilemas morais e, principalmente, de um tema real, que é a
venda de mulheres como escravas sexuais. No caso, de mulheres trazidas dos países
bálticos (Lituânia, no caso) para Estocolmo. São seduzidas jovens, pobres, por
promessas de melhores empregos, melhores salários, enfim, uma vida melhor. Mas
já na barca, ao fazerem a travessia, são jogadas à realidade. São espancadas,
estupradas, avisadas que devem dinheiro ao aliciador (comida, aluguel,
passaportes, tudo custa), e então obrigadas a fazer uma média de doze programas
diários, sofrendo os piores tipos de ataques. E se reclamarem, ou sofrerem críticas
de seus clientes, podem ainda sofrer mais espancamentos e ataques sexuais.
Lydia
e sua amiga, Alena, tem um segredo, que está guardado no Box 21. Será que elas
conseguirão trazer a verdade à tona?
O livro
foi escrito a quatro mãos por Anders Roslund e Borge Hellstrom. Roslund é
um famoso jornalista, Hellstrom é um ex presidiário
que atualmente trabalha com reabilitação de jovens delinqüentes e drogados. Escreveram
também A Besta (não li), com como
protagonistas Grens e Sundkvist que antecede a história de Box 21 e também Redenção (também não li), com os mesmos
protagonistas.
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