segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Colecionador - John Fowles


Frederick Clegg é um funcionário público inglês que coleciona borboletas e sofre de uma quase total incapacidade de se relacionar. Todos os dias ele vê, da janela do trabalho, uma mulher, e começa a nutrir por ela um amor platônico. Investigando um pouco sobre a tal mulher, descobre que ela se chama Miranda. Extremamente bela, é estudante de arte, e tem uma postura que muitos vão considerar irritante, meio metida. E nem sabe da existência do tímido Clegg.

Quando, numa aposta, Clegg se vê milionário, e sua tia e prima, que antes moravam com ele, vão viver na Austrália, ele começa seus planos para mostrar à Miranda seu amor. Assim, não haveria como não perceber que ele é o melhor para ela. Compra uma mansão isolada, com um porão. E então, seqüestra Miranda e a mantém em cárcere privado. A primeira parte do livro é narrada por Clegg.

A segunda parte é narrada por Miranda, que possui um caderno, e anota ali tudo o que acontece com ela. Mentalmente superior à Clegg, observamos suas tentativas de fuga, num primeiro momento, sobrepujadas pela força do oponente e, depois, a tentativa de entender a mente de seu captor, para tentar fugir da prisão. Num primeiro momento, anotações raivosas, depois, ao ter que conviver com aquela pessoa, percebemos que ela também se percebe superior àquele homem, que ele é ignorante e limitado. Mas como desvendar aquele enigma? Miranda então se vê diante de algo que não consegue explicar.

Daí vem a terceira parte, com o clímax, o desfecho da história, e não falarei dela, por óbvio.

Encontrei esse livro (igualzinho à foto aí ao lado) vasculhando livros antigos do meu pai. Isso já faz um bom tempo. E, de tempos e tempos, releio o livro (que não é grande), e percebo que ainda fico bestificada com a narrativa, com uma sensação de agonia que não passa, mesmo já sabendo o fim de cor e salteado.
Não sei de outras reimpressões, mais novas, mas o livro é relativamente fácil de encontrar na internet, ou em bons sebos (o meu do meu pai, tadinho, está decolando todo). E recomendo. Como disse, não só li uma vez, mas um zilhão de vezes, sem cansar.

E, para variar, ao procurar imagem do livro para postar aqui, descobri que há uma adaptação cinematográfica, de 1965. Pronto, já estou maluca para assistir!

2 comentários:

  1. Oie!
    Lindo o blog! (gostei da frase lá em cima!)

    A capa desse livro é linda, e o título é interessante! Sua resenha ficou ótima, e a capa antiga, acho que é mais bonita ainda...

    Bjs,
    Ariane;)
    http://onedayatime.zip.net

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    Respostas
    1. Muito obrigada pela mensagem!
      O livro é bem interessante, recomendo, caso vc ache ( tb gosto das capas antiguinhas)

      volte sempre! Bjo!

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