sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cotoco - John van de Ruit


John Milton (sim, como o escritor famoso) é um menino de 13 anos, que ganhou uma bolsa num respeitado internato, na África do Sul, na época da libertação de Nelson Mandela (1990). A família dele, mãe, pai e avó, é bem maluca, fora do convencional, mas ele percebe que os colegas e professores do colégio podem ser mais loucos ainda. Os apelidos dos colegas já revelam muito sobre a questão: Lagartixa, Cachorro louco, Rambo... para ele, sobrou Cotoco. O motivo? Embora seus amigos tenham idades parecidas, John é o único que ainda não entrou na puberdade, ainda tendo a voz infantil e fina (sendo parte importante do coral, por causa disso) e... seus órgãos genitais ainda não estão desenvolvidos... E o apelido é dado bem rápido, afinal, no internato os banhos são coletivos.

O livro conta o dia a dia de Cotoco, em forma de diário. É bem leve, e muitas vezes você vai se pegar rindo à toa. Não tem nada de jabá, mas devo dizer que o preço sempre me impediu de levar o livro (costumo ler coisas mais sérias, então ele sempre era deixado para trás), mas semana passada, na Livraria Cultura, o danadinho estava em promoção, custando 9,90 dinheiros.

A maior parte do livro tem tom de comédia juvenil, então, novamente, aviso, não espere um livro sério. Talvez por isso, inclusive, que tenha demorado um pouco mais que o normal para terminar de ler Cotoco. Ele não é aquele livro que prende absurdamente, que você acha que não vai conseguir dormir se largar, mesmo que já seja 3 da manhã e você esteja muito cansada. É um diário, de um menino de 13, então, você vai lendo e vendo o passar dos dias de Cotoco, de uma forma mais tranqüila, mais leve (embora, SIM, existam partes tristes).

Só fiquei sabendo ontem, ao pesquisar a capa do livro, que ele tem duas continuações (que eu saiba, não tem no Brasil), e que também há filme baseado no primeiro livro (spud - the movie).

Como estava numa maré de livros mais pesados e/ou densos, foi um tanto difícil pegar no tranco. Acho que estava esperando um pouco mais da história do Mandela, mas aí também, quis demais do livro, assumo. Ele foi bom para aquelas horas que não estava muito bem nessa semana, por uma série de motivos. Ficava meio triste, pegava Cotoco, dava umas risadinhas, melhorava um pouco, ia dormir.

Aliás, por causa de uma série de eventos dessa semana, me peguei pensando numa coisa, e eu sei que é pura divagação, mas enfim... Pessoas que lêem muito. Onde termina esse amor todo por literatura e onde começa a fuga da realidade? Sim, não se enganem, eu amo livros, desde sempre. Mas reparo que, quanto mais triste ou cansada eu esteja, mais eu busco livros, meio que como uma forma de isolamento do mundo real, meio que como uma fuga, para não ter que encarar (e responder) meus próprios pensamentos. Será que os livros estão deixando de ser tanto um amor e se tornando mais uma válvula de escape? Enfim, se acreditar no Blogger, tem até muita gente que me lê, embora não haja muitos comentários, mas, de certa forma, é um desabafo... para uma postagem sobre um livro leve, isso aqui ficou muito para baixo. Desculpem-me por isso!

4 comentários:

  1. Oi Aline!
    Em primeiro lugar, obrigada por adicionar o banner do meu blog! No fim de semana adiciono o seu també :D
    Sobre o livro, eu não tenho muita vontade de ler, mas não sabia que tinha filme, vou procurar para assistir.
    Ah livros, assim como filmes, são válvulas de escape para mim também. Ás vezes a gente precisa escapar da nossa realidade um pouquinho.

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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    1. Opa! que bom você por aqui! E sobre isso de válvula de escape, sei bem como é... mas acho que ando procurando "escape demais", kkkkkkkk
      beijos!

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  2. Amooo esse livro comprei ele e ameei! Quero ver o filme baseado nele, que é o spud mas nao achooo!! :(

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