Cora
Bender era uma mãe de família, com um casamento tradicional, trabalhadora,
jovem, tímida e tranqüila... até que um dia, num passeio com a família num
lago, se lança contra um jovem e o esfaqueia repetidas vezes, em fúria, sem
parar até que a retirassem de cima da vítima.
Para
a polícia, um caso de assassinato simples, com testemunhas à disposição e com a
confissão da agressora. Mas para o investigador Rudolf Grovian, não parece tão
simples assim. Que motivos levariam essa jovem até então, acima de qualquer
suspeita, a cometer um ato tão bárbaro? E porque a vítima não esboçou nenhuma
reação, nenhuma defesa enquanto estava sendo agredida? Não é nem um pouco
normal que um jovem sadio e forte não mostrasse nenhuma reação contra uma
agressão vinda de uma mulher aparentemente frágil. Mas, ao investigar mais a
fundo o crime, Rudolf se vê envolvido pelo passado de Cora, um inferno que ela
não gostaria de lembrar, e que ele, talvez, gostaria de não ter entrado.
Assim
se inicia o livro A Pecadora. A autora é alemã (vamos fugir de vem em quando do
óbvio, né?), e ganhadora de diversos prêmios. É um thriller psicológico, que
vai se aprofundando página após página. Você não consegue, de plano, se
identificar com os personagens, que hora parecem inocentes, ora nem tanto. Existem
inocentes?
A
capa brinca com nosso conceito de pecado, estampando simplesmente uma maçã num
fundo negro. Para mim, foi suficiente, título e capa, para despertar interesse
pelo livro. Lendo a contracapa, sendo introduzida ao assunto, resolvi levar. O
início, porcamente descrito acima, é dos melhores. Devo confessar, contudo, que
no meio da leitura fiquei meio na dúvida, pois o assunto parecia não ter fim. Sabe
quando você vê mais uma reviravolta e pensa: Caramba, quando isso acaba? E o
fim... não vou estragar, mas é do tipo ame ou odeie. Enfim, pode por na lista
de leitura, mas não precisa morrer para ler logo!
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