segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Hospedeira – Stephenie Meyer


Stephenie Meyer é famosa pela saga Crepúsculo. Os mais fãs leram também seu outro livro, ainda sobre vampiros, A breve segunda vida de Bree Tanner. Mas ela escreveu outro, com uma temática mais distante desse universo, e é esse sobre o qual trataremos. 

Em A Hospedeira, uma espécie alienígena invade o planeta Terra, mais especificamente, os corpos dos seres humanos. Aparentemente, nada muda no exterior das pessoas, mas as mentes de cada um passam a ser habitadas pelos alienígenas.

Essa raça é faz com que nosso mundo, se torne, aparentemente, melhor, já que possui tecnologia mais avançada, e também são muito pacíficos, cordiais, educados e preocupados em reverter o mal que os seres humanos causaram ao planeta. Mas teriam eles direito em invadir nossos corpos?

Nesse livro, quase todos os seres humanos já foram subjugados por essa raça, apenas restando alguns dissidentes. A rebelde Melanie, de 21 anos, é pega numa emboscada, e seu corpo é destinada à alienígena Peregrina, que ganha esse nome pela quantidade de planetas que já habitou, nos mais diferentes corpos. Mas ela é avisada que os humanos são diferentes, e que ela experimentará uma avalanche de novas sensações, de emoções e conflitos.

O que Peregrina não imaginava é que Mel fosse resistir ao seu domínio, e que ambas tivessem que coexistir, duas mentes num só corpo. E que Peregrina fosse sim, invasora, mas também invadida, por uma série de sensações, acusações, e pelas imagens e lembranças de Mel sobre seu irmão, também sobrevivente, e de Jared, seu namorado. Pior ainda, Peregrina não poderia imaginar que começaria a sentir amor por esse humano, rebelde, mesmo com a constante vigilância da Buscadora (uma alienígena inserida num corpo humano, cuja atividade é perseguir os rebeldes restantes). Melanie também se vê dividida pela vontade de resistir e preservar seus amores, e a vontade de se ver novamente próxima deles. Isso também não diminui a complexa relação entre ambas, de amor e ódio, e da percepção, para as duas almas, que alguns preconceitos sobre as duas raças seriam realmente infundados. Só cabe conflito entre Mel e Peregrina, ou uma improvável amizade poderia realmente surgir? Até onde ambas podem, realmente, existir?

O triângulo desenhado pela autora se mostra interessante. Novamente, Meyer se aventura numa ficção, com seres que são frutos de nossa imaginação. Mas dessa vez, conforme dito, saem os vampiros que brilham, os lobos e a temática escolar-adolescente. A Hospedeira é um romance (em todos os seus significados), mas dessa vez, mais adulto, mais denso. E ela enfrentou bem a dificuldade do tema, embora pareça difícil pensar em como um livro pode ser escrito com duas narradoras, que travam embates mentais, sem diálogos “normais”. 

Assim, recomendado o livro, que segue a linha triângulo amoroso, tema tão querido por sua autora. E para quem ainda não sabe, esse livro terá uma adaptação cinematográfica, que já está sendo rodada. Aqui, posso estar sendo preconceituosa, podendo sofrer com aquela sensação que muitos leitores tem, de que a adaptação estragará o livro, mas é que achei os atores escolhidos novos demais. Pelas fotos, a coisa ficou meio adolescente, meio infantil demais... e fica a dúvida de como será feita, na telinha, as conversas das duas mentes que habitam o corpo de Mel... quando sair, vou conferir, mas confesso que com o pé atrás. Mas, também fiquei assim com Jogos Vorazes, e no fim, gostei!

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