Stephenie Meyer é famosa pela saga Crepúsculo. Os
mais fãs leram também seu outro livro, ainda sobre vampiros, A breve segunda vida de Bree Tanner. Mas
ela escreveu outro, com uma temática mais distante desse universo, e é esse
sobre o qual trataremos.
Em A Hospedeira,
uma espécie alienígena invade o planeta Terra, mais especificamente, os corpos
dos seres humanos. Aparentemente, nada muda no exterior das pessoas, mas as
mentes de cada um passam a ser habitadas pelos alienígenas.
Essa raça é faz com que nosso mundo, se torne,
aparentemente, melhor, já que possui tecnologia mais avançada, e também são
muito pacíficos, cordiais, educados e preocupados em reverter o mal que os
seres humanos causaram ao planeta. Mas teriam eles direito em invadir nossos
corpos?
Nesse livro, quase todos os seres humanos já
foram subjugados por essa raça, apenas restando alguns dissidentes. A rebelde
Melanie, de 21 anos, é pega numa emboscada, e seu corpo é destinada à alienígena
Peregrina, que ganha esse nome pela quantidade de planetas que já habitou, nos
mais diferentes corpos. Mas ela é avisada que os humanos são diferentes, e que
ela experimentará uma avalanche de novas sensações, de emoções e conflitos.
O que Peregrina não imaginava é que Mel fosse
resistir ao seu domínio, e que ambas tivessem que coexistir, duas mentes num só
corpo. E que Peregrina fosse sim, invasora, mas também invadida, por uma série
de sensações, acusações, e pelas imagens e lembranças de Mel sobre seu irmão,
também sobrevivente, e de Jared, seu namorado. Pior ainda, Peregrina não
poderia imaginar que começaria a sentir amor por esse humano, rebelde, mesmo
com a constante vigilância da Buscadora (uma alienígena inserida num corpo
humano, cuja atividade é perseguir os rebeldes restantes). Melanie também se vê
dividida pela vontade de resistir e preservar seus amores, e a vontade de se
ver novamente próxima deles. Isso também não diminui a complexa relação entre
ambas, de amor e ódio, e da percepção, para as duas almas, que alguns
preconceitos sobre as duas raças seriam realmente infundados. Só cabe conflito
entre Mel e Peregrina, ou uma improvável amizade poderia realmente surgir? Até
onde ambas podem, realmente, existir?
O triângulo desenhado pela autora se mostra
interessante. Novamente, Meyer se aventura numa ficção, com seres que são
frutos de nossa imaginação. Mas dessa vez, conforme dito, saem os vampiros que
brilham, os lobos e a temática escolar-adolescente. A Hospedeira é um romance
(em todos os seus significados), mas dessa vez, mais adulto, mais denso. E ela
enfrentou bem a dificuldade do tema, embora pareça difícil pensar em como um
livro pode ser escrito com duas narradoras, que travam embates mentais, sem diálogos
“normais”.
Assim, recomendado o livro, que segue a linha triângulo
amoroso, tema tão querido por sua autora. E para quem ainda não sabe, esse
livro terá uma adaptação cinematográfica, que já está sendo rodada. Aqui, posso
estar sendo preconceituosa, podendo sofrer com aquela sensação que muitos
leitores tem, de que a adaptação estragará o livro, mas é que achei os atores
escolhidos novos demais. Pelas fotos, a coisa ficou meio adolescente, meio
infantil demais... e fica a dúvida de como será feita, na telinha, as conversas
das duas mentes que habitam o corpo de Mel... quando sair, vou conferir, mas
confesso que com o pé atrás. Mas, também fiquei assim com Jogos Vorazes, e no
fim, gostei!
Um blog sobre livros? Amei.
ResponderExcluirSeguindo!
bjus
Oba, que bom! fico contente! Vou visitar o seu tb!
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